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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Coliseu moderno

Coliseu moderno
Pr Ladislau Rodrigues de Jesus 15/07/11
Hoje o coliseu moderno usa armas modernas, e existe um Cesar moderno também. Quem não conhece as historias do coliseu romano que era para aquela época o Circo mais famoso e antigo que fazia parte da política de Roma; pão e circo?
 Na Roma antiga, a escravidão na zona rural fez com que vários camponeses perdessem o emprego e migrassem. O crescimento urbano acabou gerando problemas sociais e o imperador, com medo que a população se revoltasse com a falta de emprego e exigisse melhores condições de vida, acabou criando a política “panem et circenses”,  a política do pão e circo. Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão). O objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia e se alimentava também esquecia os problemas e não pensava em rebelar-se. Foram feitas tantas festas para manter a população sob controle, que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano” fonte: http://www.artigonal.com/politica-artigos/a-politica-do-pao-e-circo-584140.html
Antigamente o coliseu era real, explicito sangrento, com muita lagrima, gritaria, xingamentos e dor. Leões selvagens procurando exercer seus extintos animais de caçador, gladiadores tentando sobrevive-los. Suor, areia, sol e uma multidão sedenta por sangue mais que os próprios leões, eles exerciam extintos, a multidão; sempre será só multidão, um misto de gente manipuláveis, política-espiritalmente, num êxtase coletivo sempre ignora a dor do outro fazendo dela até mesmo motivo para aliviar sua própria dor de um coração vazio e doente de solidão. Vazios de Deus. A mesma multidão que gritava Hosana ao filho de Davi foi à mesma que gritou crucifixa-o, no dia dos dias da humanidade frente à cruz, onde sangue, areia, madeira, cravos, suor e dor se misturaram, num rito sofisticado de sacrifício do filho de Deus, gerando um espetáculo da qual a humanidade, céu e inferno, jamais esquecerão e não poderiam, por ser um espetáculo único e insubstituível. Pois naquele dia céus e terra tiveram inaugurado um novo caminho pavimentado pelo sangue do inocente. Nossos políticos se jactam de inaugurar algumas ruazinhas, a transamazônica que ainda não ficou pronta, a maior estrada de ferro transiberiana, enfim, Jesus inaugurou a única estrada que nos leva de volta á Deus, única que nenhum político vai poder reivindicar aplausos. De valor inestimável e de um asfalto eterno; sangue inocente. Até hoje a humanidade e ávida por espetáculos, e sempre na arena estão os rejeitados, párias, minorias. Enfim a arena dos césares não caiu com o império romano, ou melhor, nem começou com ele, só foi sofisticado e ampliado no império. Os romanos descobriram a maneira de manter seu império por séculos, manter o êxtase da humanidade no controle e aliviando-o na arena. Somo formados para cobrir as necessidades da indústria, portanto como diz a psicóloga e psicanalista Viviane Mosé, usar nossas mentes para reflexão. Porque a forma que estamos sendo ensinados, e pra nos transforma em seres cibernéticos e não humanos. Viramos uma maquina de sangue e ossos, prontos a explodir em qualquer momento, preparados para assistir o jornalista Datena e não se emocionarmos com nada, e ainda por cima sentimos prazer nisso, porque não é só a informação é o espetáculo que isso proporciona aos olhos de gente que não é mais gente, viramos ciborgs. Uma competição desumana se estabeleceu na alma humana. No emprego, na família, nos negócios, na sociedade. Gerando ditaduras em nossos relacionamentos. Hoje tudo mata antigamente agente podia escolher o que não matava, agora não. A competição que rege a indústria da moda cria doenças psicológicas terríveis levando modelos à morte, uma coisa que deveria ser boa se transforma no pior pesadelo pra muitas meninas e meninos, só pra termos um exemplo. A ganância dos políticos leva pessoas a morrem em corredores imundos de prontos socorros do país todo. Os aposentados têm que viver com o mínimo chegando quase a miséria. A neurose do transito mata mais que muitas guerras juntas. As minorias sofrem horrores pra conseguir uma bolsa de estudos, quando se forma lhe é exigido experiência, coisa impossível pra que acabou de se formar. Enfim tudo isso é o espetáculo do novo coliseu, com novas armas, novos ritos, sofisticação tecnológica, velocidade da luz o espetáculo chega a nossas casas todos os dias, em cores radiantes nos nossos televisores e computadores, lcds, leds, 3ds e ainda pagamos para ter toda a sofisticação tecnológica, mais ainda com areia, sangue, choro, aflições, dores enfim; no que somos diferentes dos antigos romanos? Nenhuma estamos sendo entorpecidos, hipnotizados, com a pós modernidade a ponto acharmos que não fazemos parte do espetáculo, assim não lutamos por mais nada, enquanto os césares modernos nos dão muito mal o pão e circo, só que esse circo e esse pão e bancado com nosso próprio dinheiro, até mesmo as comunidades religiosas estão usando a mesma estratégia, se conformaram com o sistema. A pergunta é o que fazer? Essa pergunta é retórica.
Pr Ladislau Rodrigues de Jesus       




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